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Anomalias dos Espermatozóides

quarta-feira, abril 13, 2005
Hipogonadismo

O hipogonadismo masculino pode ser causado por uma doença dos testículos, ou por uma desordem da glândula pituitária, que resulta em produção deficiente de hormônio gonadotrófico. Desordens pituitárias podem ser congénitas (por exemplo, síndrome de Kallman) ou adquiridas em decorrência de um adenoma pituitário (por exemplo, prolactinoma, craniofaringioma) ou como resultado de tratamento com radiação.

Em homens, o hipogonadismo causa os sintomas e sinais de deficiência do hormônio androgênio. Os efeitos disso variam na dependência de a deficiência ter se desenvolvido antes ou depois da puberdade. Os efeitos típicos incluem ausência de crescimento de pêlos corporais e barba, pele macia, voz de tonalidade elevada, estimulação e performance sexuais reduzidas, subdesenvolvimento da genitália e desenvolvimento muscular deficiente.

Doença hipotalâmico-hipofisária Hiper- e/ou hipossecreção de hormônios hipotalâmicos ou pituitários são uma causa incomum de infertilidade. Quando essa é a causa da infertilidade, os resultados do tratamento pró-fertilidade frequentemente são excelentes. Duas síndromes são reconhecidas:
  • Hipogonadismo hipergonadotrófico
  • Hipogonadismo hipogonadotrófico

Hipogonadismo hipergonadotrófico

Essa desordem é caracterizada por níveis muito altos de gonadotrofinas circulantes, mas os testículos não respondem à estimulação. Esses achados usualmente ocorrem em pacientes com insuficiência testicular primária. As chances de fertilidade são remotas, mas tratamento hormonal empírico com testosterona é efectivo ocasionalmente.

Hipogonadismo hipogonadotrófico

Nesses pacientes, a secreção pituitária de gonadotrofinas é insuficiente para estimular testículos normais. O defeito pode ser ao nível da pituitária em si, ou ao nível do hipotálamo. Um número muito grande de anormalidades endócrinas, a maioria delas raras, assim como trauma, infecções ou tumores, pode resultar em níveis ausentes ou reduzidos de gonadotrofinas.

É possível diferenciar entre insuficiência primária de secreção pituitária ou insuficiência pituitária secundária a um defeito hipotalâmico, com secreção reduzida de HnRH. No caso de insuficiência pituitária primária, o tratamento é a terapia de substituição por administração de gonadotrofinas exógenas. Quando o defeito é a nível hipotalâmico, o tratamento específico é feito por administração de GnRH nativo.

Anormalidades cromossómicas

Números anormais de cromossomos sexuais podem resultar em desordens do trato reprodutivo masculino. Por exemplo, a infertilidade quase sempre surge em decorrência da síndrome de Klinefelter. Essa condição ocorre devido a uma anormalidade cromossômica na qual um indivíduo do sexo masculino tem um ou mais cromossomos X extras em suas células.

A síndrome de Klinefelter afecta aproximadamente uma em cada 500 crianças do sexo masculino nascidas e as chances de um bebé ter esta condição aumentam com a idade da mãe.A síndrome de Klinefelter está quase sempre associada com azoospermia. O cromossoma X extra parece ter pouco efeito sobre a estrutura dos túbulos seminíferos antes da puberdade, mas na puberdade, destruição progressiva e devastadora do epitélio seminífero acontece. Alguns pacientes com síndrome de Klinefelter, de fato, têm crescimento significativo dos testículos precocemente na puberdade, seguido por encolhimento subsequente. Um aumento das mamas também ocorre.

Não há cura para a síndrome de Klinefelter, embora o tratamento hormonal possa ser usado para induzir características sexuais secundárias, tais como crescimento de pêlos faciais.

Os homens com um cromossoma Y extra têm vários graus de deficiência espermatogênica, variando da espermatogênese normal à parada da espermatogênese. Há algumas outras anormalidades cromossômicas raras que também resultam em inabilidade para produzir espermatozóides.

Distúrbios na fusão espermatozóides-oócito

Tem-se demonstrado que moléculas de adesão complementares entre si estão localizadas na superfície dos oócitos e espermatozóides. Essas moléculas interagem e determinam a fusão (da fertilização) das duas células. A função deste sistema parece ser importante não apenas para a fusão, mas também para a prevenção de polispermia (fertilização de um ovo por mais de um espermatozóide). As anormalidades nas moléculas de adesão na superfície dos gâmetas, ou outras anormalidades que afectam a fusão espermatozóide-oócito, são causas reconhecidas de infertilidade.


Anticorpos Antiespermatozóides

Os espermatozóides são ‘estranhos’ ao corpo que os produz, porque contêm apenas metade do número normal de cromossomas. Os espermatozóides, ou produtos de espermatozóides que entram em contacto com o sangue são, portanto, capazes de iniciar uma reacção imune com a produção de anticorpos antiespermatozóides. Por essa razão, a espermatogênese normalmente acontece atrás de uma ‘barreira imunológica’ nos testículos. Mas em alguns indivíduos os espermatozóides ou seus componentes vazam através da barreira e estimulam a produção de anticorpos. Anticorpos podem, então, entrar no fluido seminal e ‘atacar’ os espermatozóides. Vistos sob o microscópio, constatou-se que os anticorpos antiespermatozóides causam aglutinação dos espermatozóides e reduzem seriamente a motilidade, causando assim infertilidade. Uma vez que o sistema imune tenha sido sensibilizado pelos espermatozóides, é extremamente difícil reverter o processo. No entanto, pelo uso de altas doses de corticosteróides, a quantidade de anticorpos pode ser reduzida e a fertilidade temporariamente restaurada.

Observou-se que tais factores imunológicos estiveram presentes em até 40% dos casais com infertilidade inexplicada e em 10% dos casos de infertilidade masculina inexplicada.

A infertilidade em um casal pode ocorrer se o muco cervical da mulher cria um ambiente hostil, produzindo anticorpos contra os espermatozóides de seu parceiro. Mais frequentemente, o problema é devido ao parceiro masculino que produz anticorpos contra seus próprios espermatozóides.

Os anticorpos circulantes contra os espermatozóides estão presentes na maioria dos homens que se submeteram a vasectomia, e após a reversão do procedimento esses anticorpos frequentemente aparecem no plasma seminal.

Obstruções unilaterais ou bilaterais do trato genital (sejam congénitas ou adquiridas), epididimite e varicocele são também, algumas vezes, associadas com uma resposta auto-imune contra os espermatozóides.

Mais uma explicação...

Jokas

 
posted by Chinesinha at 16:49, |

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